segunda-feira, 29 de dezembro de 2008

Ouro, incenso e mirra - Rosalvo G. Mota

Irmãos e irmãs, Paz de Belém !

“E a estrela, que tinham visto no Oriente, ia adiante deles, até parar sobre o lugar onde estava o menino. Ao verem de novo a estrela, os magos sentiram uma alegria muito grande. Quando entraram na casa, viram o menino com Maria, sua mãe. Ajoelharam-se diante dele, e o adoraram. Depois abriram seus cofres e lhe ofereceram presentes: ouro, incenso e mirra” (Mt. 2, 9-11).

Por que os Reis Magos deram esses presentes a uma criança “recém nascida”, o menino-Deus? O que uma criança poderia fazer e como usar esses presentes? Para que eles servem e o que significavam? Vejamos, “an passant”, a definição e uso de cada um dos objetos presenteados.

Ouro. Metal precioso, de grande valor, como todos nós sabemos. Os Hebreus usavam o ouro em muitos dos utensílios mais importantes usados no Tabernáculo e no Templo. Tradição, que herdamos, em vigor até os tempos atuais, em nossas igrejas e em peças mais significativas. Exalta a grandeza e divindade do Senhor.

Incenso. Resinas e especiarias de odor suaves, tiradas de árvores, e que, em geral são queimadas com outras substâncias para tornar a fumaça mais grossa e o cheiro mais suave. A fumaça do incenso, que sempre sobe para o céu, sugere naturalmente, aos homens a direção da prece a Deus. O Apocalipse fala de um anjo que oferece incenso a Deus com “as orações de todos os santos sobre o altar de ouro” (Apc 8,3).

Mirra. Substância aromática de forma líquida ou sólida, obtida da resina de um arbusto balsâmico da Arábia. Misturada com vinho, servia como um anódino para mitigar os sofrimentos, como a usaram com Cristo no Calvário (Mc. 15,23).

Com efeito, refletindo a vida de Nosso Senhor Jesus Cristo, percebemos que os presentes foram significativos e necessários, até a sua morte no calvário.

Neste sentido, também, de maneira semelhante, recebemos e vivemos estes presentes na nossa vida de franciscanos seculares.

O Primeiro presente, o ouro, está contido e é o nosso “Modo de Vida” que nos legou São Francisco, que é a nossa luz principal, o nosso ouro, que é a nossa REGRA, aprovada pela Igreja, que define o nosso CARISMA, a nossa SECULARIDADE.

A “índole secular caracteriza a espiritualidade e a vida apostólica dos franciscanos seculares”, vivendo no mundo e pertencendo a duas realidades: à Igreja e à sociedade. Neste sentido, podemos muito bem usar a bela figura que fez S. Francisco, no diálogo com a “Senhora Pobreza”, descrita no “Sacrum Comercium”: “O nosso Convento é o Mundo e a cela da alma, é o nosso corpo”.

O segundo presente é a vossa Vocação, o nosso “incenso”, como resposta-oferta ao chamado de Deus, que é a nossa maior graça, como escreveu Santa Clara em seu Testamento: “A maior de todas as graças que recebemos, e que cada dia recebemos de novo do Pai de toda misericórdia, é a nossa vocação que, quando maior e mais perfeita, mais a Ele é devida” (Test. Sta. Clara 1).

Devemos fazer essa oferta a Deus através de uma vida de família, no trabalho, no encontro com os homens, na presença e participação na vida social e no relacionamento fraterno com todas as criaturas. Ainda, através de uma vida de oração, que nos leva a Deus, como verdadeiros adoradores do Pai, ofereçamos as nossas vidas como incenso a Deus. Vivendo a nossa vocação, procurando ser perfeitos como o Pai do Céu é perfeito, nos tornamos um “Alter Cristus”, para a glória de Deus.

O terceiro presente que nós recebemos é a Fraternidade, a nossa “mirra”. São Francisco resgata o modo de vida dos primeiros cristãos e torna realidade a vida Evangélica. A Fraternidade para nós é, como dizia nosso saudoso Papa Pio XII, “uma verdadeira escola de santidade, de genuíno espírito franciscano”.

Como “escola”, vivida em sua integralidade e autenticidade, é a nossa “mirra” onde, como irmãos e irmãs da Penitência, aprendemos a viver em espírito de conversão permanente, as práticas penitenciais, como o jejum e a abstinência, aprendemos a sentir compaixão com os “leprosos” de hoje, a aliviar nossas dores, é onde aprendemos a ser solidários uns com os outros, onde, também, bebemos da “água viva” e nos alimentamos do “pão da vida”, para irmos pelo mundo.

Irmãos e irmãs, vivendo a nossa “epifania,” com os presentes que Deus nos deu: o nosso ouro=Regra, o nosso incenso=vocação e a nossa mirra=fraternidade, nos sentiremos encorajados a prosseguirmos a vocação franciscana.

Do irmão em Cristo, Francisco e Santa Clara,
Rosalvo G. Mota, OFS

segunda-feira, 1 de dezembro de 2008

Notícias do Capítulo Geral - Novembro/2008

Por Rosalvo G. Mota
ORDEM FRANCISCANA SECULAR DO BRASIL
FRATERNIDADE SANTA CLARA – São PAULO

NOTÍCIAS DO CAPÍTULO GERAL 2008

O XIIº Capítulo Geral e Vº Eletivo da OFS se realizou de 15 a 22 de novembro, em Manreza, Dobogobő, Hungria, ocasião, também, em que a OFS concluiu o 2º ano de celebração do 8º centenário do nascimento de Santa Isabel.

No primeiro momento, se assim dividimos para uma melhor compreensão, tivemos a apresentação do Relatório da Presidência cessante (atividades desenvolvidas pela Presidência e pelas Comissões de Formação, Presença no mundo, Econômica, Jurídica e Comunicações, a Estatística, Jufra, Administrativas, correlatas com o Secretariado Geral, a compra da sede, etc.) que, depois, foram analisadas nas reuniões das Áreas Lingüísticas (Inglesa, Francesa, Espanhola, Italiana, Portuguesa e Alemã) e, em seguida, no Plenário, aprovado.

Um segundo momento foi o encerramento do 2º Ano de celebração dos 800 anos de nascimento de Santa Isabel, no dia 17, na Basílica de Esztergom, cuja celebração litúrgica foi presidida pelo Cardeal Laszlo Paskai, e tendo como co-celebrantes os Frades da Conferência dos Assistentes Gerais. A Missa foi em latim, muito solene, onde estavam presentes as Fraternidades de Budapeste e circunvizinhanças (A Hungria tem 40 Fraternidades locais, com 450 membros).

Naquele dia 17 de novembro de 2008 não foi somente a Europa, mas todos os povos da terra, reunidos para celebrar simultaneamente o 8º centenário do nascimento e o aniversário do “dies natalis”, da entrada na Vida, de Isabel.

Redescobrir e re-acolher Isabel e o seu papel de primeira fila é importante para o presente e para o futuro da OFS. Toda a Família, particularmente a OFS, desenvolveram muitos meios com esta finalidade, desde a Carta da CFF, “Nós acreditamos no Amor”, de 17 de novembro de 2006, passando pelo Congresso Internacional em Roma a 23 de fevereiro de 2007, até a reunião do Capítulo Geral Eletivo na Hungria, como expressão de reconhecimento a Isabel.

O que podemos ainda acrescentar a esse rico alimento que ainda não terminamos de assimilar?

Quem é Isabel para nós? Quem é ela para Jesus, para seu esposo Luís e para os seus filhos, para o seu povo, para Francisco e para a sua família da qual fazemos parte, para a Igreja, para o mundo? Em que é que somos chamados a segui-la?

Isabel nasceu na Hungria em 1207. Francisco tinha então 25 anos (1182-1226), Clara tinha 13 anos (aa94-1253), Antônio de Pádua tinha 12 anos (1195-1231), Inês de Praga tinha 2 anos (1205-1282), Luís de França nasceria 7 anos mais tarde (1214).

Não podemos deixar de mencionar aqui as origens a sua família! Isabel pertence à família dos Arpad, que deu tanto reis e santos ao povo dos Magyars: Santo Estevão, São Ladislau, Santo Emeric e, também, Santa Inês de Praga, Santa Margarida da Hungria, Santa Isabel de Portugal...

O seu pai, André II, descendente de Santo Estevão, tornou-se rei da Hungria em 1205. A sua mãe, Gertrudes, filha de Bertoldo IV, Duque de Merávia, era descendente de Carlos Magno e irmã de Santa Edvirge, rainha da Polônia.
Pelo lado da avó paterna, Inês de Châtillon, Isabel era princesa francesa.

Foi a primeira santa esposa e mãe canonizada e também a primeira santa franciscana.

Isabel é, juntamente com São Luis, Rei de França, padroeiros da OFS.

É no estado secular de esposos, de pais, de responsáveis na vida pública, que eles viveram o Evangelho de maneira simples, até a loucura do coração, transbordantes de amor e de serenidade, mesmo nas tribulações, na solidão, na morte. Seguiram a via de penitência proposta por Francisco: amor de Deus, amor do próximo, ódio ao pecado indo buscar forças na Eucaristia.

O exemplo dado por eles, o papel de protetores e a influência social são hoje mais necessárias que nunca.

É para nós e para as nossas fraternidades um desafio grande e urgente o de nos reempenharmos humildemente, com audácia, a viver o Evangelho, seguindo o exemplo de São Francisco, certos do apoio de Santa Isabel, principalmente nestas horas em que tudo fala de crise financeira, da crise econômica, da cultura de morte, da secularização (Existe um Projeto para fazer com que a Assembléia Geral da ONU inclua a interrupção da gravidez nos direitos universais do homem, no próximo dia 10 de dezembro, por ocasião do 60º aniversário da Declaração dos Direitos Humanos).

No final foi exposta uma relíquia de Santa Isabel o distribuído o “Pão de Santa Isabel”. Eles, os Húngaros, têm uma devoção muito grande a Santa Isabel.

Um terceiro momento foi a apresentação do tema central, “A Profissão do Franciscano Secular e o nosso Senso de Pertença”, por Frei Felice Cangelosi, OFM Cap (Vigário Geral dos Capuchinhos) e Emanuela De Nunzio, ex-Ministra Geral da OFS, respectivamente.

Um quarto momento foi a eleição da nova Presidência, que foi renovada (#) em 5 de seus 10 membros, ou seja 50%:
Ministra: Encarnación del Pozo (Esp.)
Vice-Ministro: Doug Clorey (Canadá) #
Espanhola: Maria Consuelo Nuñez (vem.)
Inglesa I: Tibor Kauser (Hungria) #
Inglesa II: Lucy Almiranez (Filipinas)
Francesa: Michele Altemeyer (França) #
Italiana: Bendetto Lino (It.)
Portuguesa: Maria Aparecida Crepaldi (Brasil)
Alemã: Ewald Kreuzer (Áustria) #
Jufra: Ana Fruk (Croácia) #

Como ninguém é de ferro e não é justo que os capitulares não conheçam um pouco da Hungria, tivemos um dia de giro turístico na cidade de Budapeste.

A Jufra teve seus momentos de trabalho (6 Conselheiros Internacionais, entre os quais o Brasil), entre os quais, apresentou o Documento “A Passagem da Jufra a OFS”.

Por fim, os Capitulares definiram das prioridades para os próximos seis anos: Formação, Comunicação, Jufra, Presença no Mundo e Fraternidades Emergentes. A novidade foi a aprovação da Interpretação Prática do Art. 89.4, das CCGG, que permitem que o(a) franciscano secular possa ser Assistente Espiritual de uma Fraternidade da OFS. Indubitavelmente, penso que os Conselhos Nacionais encaminharão todos os Documentos trabalhados e aprovados pelo Capítulo.

Para quem quiser as fotos e tudo o mais, acessem o Site do CIOFS: www.ciofs.org .

Agradecendo a todos os irmãos e irmãs com quem convivi e muito aprendi, nestes seis anos como Vice-Minstro Geral, envio meu fraterno abraço, desejando um feliz Advento.

Rosalvo G. Mota, OFS

sexta-feira, 26 de setembro de 2008

terça-feira, 23 de setembro de 2008

Homilia de D. Cappio no encerramento da Jornada Franciscana em Aparecida/2008



O bispo da Barra, D. Luiz Flávio Cappio, OFM, encerrou a Jornada Franciscana no Santuário Nacional de Aparecida, com celebração às 10h30.

Neste ano, a Jornada Franciscana da FFB região Sudeste celebrou os 800 anos do Carisma Franciscano, com o tema “Com Francisco, Vamos à Casa de Maria, Celebrar a Vida”.

Este tema também aborda o tema da Campanha da Fraternidade deste ano, "Defende, pois a vida".

Confira na íntegra a Homilia de D. Cappio:

1. Com frei Galvão, meu querido confrade e conterrâneo, saúdo à grande família franciscana brasileira, em seus vários segmentos, comunidades masculinas, femininas, respeitando seus diversos carismas, todos marcados com a ternura e o vigor de Francisco e Clara que são a ternura e o vigor do Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo.

Agradeço, de coração, a oportunidade que me foi dada de falar aos meus irmãos e irmãs, membros desta imensa família que tanto amo e da qual faço parte, numa ocasião tão especial como a dos 800 anos de vivência de nosso carisma, vividos por pessoas tão especiais nos quatro cantos do mundo.

2. Algo muito grande nos une: o seguimento de Jesus segundo as pegadas de São Francisco - 800 anos de estrada deixaram sulcos profundos na história da humanidade, por essa maneira franciscana de ser, agir, de viver.

Por essa maneira própria de ser discípulos e missionários do Reino, a serviço do povo de Deus, principalmente os pequenos e pobres desse mundo. A sombra luminosa do marrom terra esquentou muitas vidas ao longo da história.

3. Somos discípulos e discípulas de um homem de Deus. Homem marcado por Deus – homem tomado por Deus que por sua parte se entregou a Deus até o ponto de, com os estigmas poder dizer com São Paulo: “Já não sou eu quem vivo, é Cristo quem vive em mim”. O discípulo segue o exemplo do mestre. Nós somos estes discípulos e discípulas. E eu perguntaria: Como vai nossa vida em comunhão com Deus? Nossa vida de oração, de cultivo da espiritualidade? Aquele ou aquela que se diz franciscano necessariamente deve ser um homem, uma mulher de oração, alguém que lê, medita e procura seguir com fidelidade as orientações do Evangelho. Aquele ou aquela que não é discípulo e missionário da Palavra, igualmente não é franciscano. É uma questão de fidelidade, de coerência ao carisma que Francisco e Clara nos legaram.

O franciscano, a franciscana moldados no espírito de Francisco e Clara é aquele, é aquela que repousa à sombra da Eucaristia, e faz dela seu alimento cotidiano.

4. Somos discípulos e discípulas de um homem pobre. Alguém que seguiu de perto Jesus, Homem Pobre, amante dos pobres, que fez dos pobres a menina de seus olhos, a corda fina de seu coração. Fez da pobreza a bandeira de sua missão. Opção esta que nos marcou ao longo da história e que nos identifica no seguimento de Jesus. E como discípulos e discípulas do Poverello, tomaria a liberdade de perguntar: como vai nossa vida de pobreza? Franciscano, franciscana, você é pobre? Se sua resposta for positiva você se torna digno de vestir o burel cor do chão.

Se você não for pobre, franciscano você não é. Seu coração se identifica com os pobres? Sua cabeça é de alguém que pensa a partir dos pobres? Seu agir, seu viver tem os pobres como prioridade? Como para São Francisco e Santa Clara o pobre é a corda fina de seu coração, a menina de seus olhos, o sonho de suas noites, sua opção preferencial? Se não for assim você até pode ser um homem ou mulher de boa vontade, mas ainda não é um franciscano, uma franciscana.

E se você verdadeiramente se esforçar, um dia poderá vir a ser um verdadeiro franciscano a luz de São Francisco, de Santa Clara, de Santo Antonio, de Maximiliano Kolbe e São frei Galvão. Esta é a nossa marca indelével. O seguimento do Homem Jesus de Nazaré nas pegadas de São Francisco e de Santa Clara.

5. Somos discípulos e discípulas de um homem cheio de vida, que faz das palavras de Jesus suas palavras: “Eu vim para que todos tenham vida e a tenham em abundância”. Alguém que se identificou com todas as formas de vida, criação amorosa do Pai.

Um filho fiel que se tornou pai da Natureza, padroeiro e protetor de todas as formas de vida que pululam neste mundo universo que manifestam e testemunham a glória do Pai-Criador.

Hoje, a natureza nos interpela, o meio-ambiente pede chorando para que cuidem dele para que ele possa continuar cuidando da humanidade. A vida quer gerar vida, mas desde que deixem que ela seja geradora de vida. Nesse processo de morte imposto a natureza de Deus, onde estamos?

O que pensamos? O que fazemos de concreto para que a vida seja preservada e possa continuar gerando vida? Preocupo-me com as futuras gerações – nossos filhos, nossos netos, aqueles que virão depois de nós, nos sucederão. Que mundo estamos preparando para eles?

Vão nos agradecer ou vão nos condenar? O que eles dirão de nós se não tiverem mais ar puro para respirar, água potável para beber, alimentos saudáveis para ingerir, um mundo digno para viver? Seremos bem-aventurados ou seremos malditos por eles. Sofremos as conseqüências dos que vieram antes de nós e preparamos a vida ou a morte do mundo para aqueles que virão depois de nós.

Hoje cantamos com Francisco: irmão sol.....irmã lua......irmãs estrelas......irmã água.......irmão ar. Se, como Francisco, não formos verdadeiramente irmãos e irmãs dos elementos criados por Deus Pai, por causa de nós, por nosso amor, nossos filhos e filhas gritarão: maldito sol que nos queima......maldito ar que nos intoxica.......maldita água que nos envenena. E o Cântico do Irmão Sol será um hino fúnebre de desespero e de saudades.

6. Meus queridos irmãos, minhas queridas irmãs, o sopro do Espírito paira sobre nós e sobre todos aqueles e aquelas que, como Francisco e Clara almejam viver com sinceridade a vida, dom maior do Pai, doador de todos os bens. Deixemo-nos envolver por este Espírito. Deixemos que o Espírito Santo de Deus-Amor tome conta de nós como tomou conta de Francisco e Clara fazendo deles luzes fortes ao longo destes 800 anos. E assim, por mais 800 anos e para todo o sempre este carisma de vida possa continuar gerando vida e vida com abundância. Paz e Bem!

Aparecida - Santuário Nacional -20 de setembro de 2008.
Dom Frei Luiz Flávio Cappio, OFM, Bispo Diocesano de Barra (BA)
(fonte: http://www.franciscanos.org.br/)

terça-feira, 9 de setembro de 2008

Um pouco mais da viagem do Rosalvo a Angola

Bom, pessoal... para quem ficou com um gostinho de "quero mais" das fotos que o Rosalvo enviou, recebemos mais duas. Aí vão. Abraço. Oswaldo.

Abaixo vê-se o Frei Luiz Leitão, OFM Cap, Assistente Nacional da OFS, Frei Amando Trujillo, TOR, Assistente Geral e o Frei Ângelo Luiz, OFM, Presidente da Fundação da Missão.

Nesta, a diferença é a minha presença. Este encontro foi uma maravilha: conversamos mais de 1 hora. Falamos da OFS e elas delas. São ao todo 29 irmãs



terça-feira, 2 de setembro de 2008

VISITA FRATERNO-PASTORAL, SEMINÁRIO DE FORMAÇÃO E CAPÍTULO ELETIVO DA OFS DE ANGOLA

Dos dias 09 a 19 de agosto deste ano de 2008, realizou-se em Angola, a Visita Fraterno-Pastoral ao Conselho Nacional provisório, as várias Fraternidades Locais da OFS e Jufra, um Seminário para Formadores e o Iº Capítulo Nacional Eletivo da OFS de Angola, realizada pelo Vice-Ministro Geral, Rosalvo Gonçalves Mota, OFS e o Assistente Geral, Frei Amando Trujillo Cano, TOR, da Conferência Geral dos Assistentes.

Angola é um país da costa ocidental da África, cuja capital é Luanda, com uma população estimada de 4 milhões de habitantes e o país de 17 milhões. O clima de Angola é caracterizado por duas estações, a das chuvas, de Outubro a Abril e a do Cacimbo, de Maio a Agosto, mais seca e com temperaturas mais baixas.

Foi à época em que nos encontramos. O português é a única língua oficial de Angola que, além de numerosos dialetos, possui mais de vinte línguas nacionais.Fomos recepcionados pelos Frades Menores Capuchinhos, da Vice-Província de Angola Santa Maria dos Anjos, na pessoa do Frei Luís Manuel Novais Leitão, OFM Cap. Assistente Nacional da OFS/Jufra, assim como pelo Ministro da Vice Província, Frei Graciano De Ângeli, OFM Cap e seu Definitório. Este ano, estão celebrando 60 Anos da 2ª Presença Capuchinha em Angola, cuja história, remonta aos idos de 1645, realizada em três períodos, pode considerar-se uma epopéia de amor e heroísmo.

No dia 09, sábado, fomos visitar e conhecer no bairro de Palanca, em Luanda, uma das casas da atual Fundação Imaculada Mãe de Deus de Angola que, para tanto, tive a honra de levar e entregar ao Frei Ângelo Luís, OFM, o Decreto de Ereção do Ministro Geral OFM, reconhecendo as Missões de Angola como sendo uma Fundação, dependente da Província Franciscana da Imaculada Conceição do Brasil.

No dia 10, Domingo, assistirmos a celebração Litúrgica, rica em cantos e muito participativa pela comunidade de Nossa Senhora de Fátima, onde fomos apresentados e dirigimos palavras de satisfação por visitar e conhecer a Família Franciscana de Angola.

Depois, com a chegada do Assistente Geral, Frei Amando T. Cano, TOR, tivemos uma reunião com o Comissão Nacional Provisória da OFS, a Presidente Nacional da Jufra e irmãos e irmãs do Regional de Luanda da OFS e Jufra, para definirmos melhor a nossa Programação em Angola (Vide, fotos nº........).

A OFS conta com 12 Fraternidades Locais erigidas canonicamente e 2 em formação. Enquanto que a Jufra está organizada em 11 Fraternidades, sendo 6 já formadas e 5 em formação.Dentro do Espírito da nossa Regra e das Constituições, a Visita Fraterno-Pastoral é uma necessidade vital para subsistência da Ordem. Com efeito, precisamos CONHECER e SENTIR A VIDA, das Fraternidades: locais, Regionais e Nacional.

CONHECER: para ver o exemplo, aprender, amar o irmão, desenvolver o fraternismo, trocar experiências.SENTIR: estar a serviço, exortar, corrigir, atender as necessidades, promover o melhor fraternismo, o sentido de pertença a Ordem.Neste espírito, desenvolvemos a nossa Visita Fraterno-Pastoral a Angola. Aonde chegávamos, exortávamos os irmãos e irmãs: vamos nos conhecer, façam perguntas, conversemos de ambos os lados, eu, o frei e vocês.

À tarde, visitamos 3 Fraternidades locais em Luanda: Santo André, Santa Clara (Kicolo) e Santo Antônio [1], onde encontramos os irmãos da OFS e Jufra e, até mesmo, Mini-Jufra, sempre alegres, contentes com a nossa presença, pela primeira vez, em séculos, entre eles. Das três Fraternidades, apenas a de Santo Antônio conta com a Assistência Espiritual de Frades Franciscanos Capuchinhos. As outras são Assistidas por Padres Diocesanos, mas muito contentes em sê-los (Vide fotos, ...)

No dia 11, viajamos para a cidade de Uíge, a 350 km. ao norte de Angola, onde fomos recebidos e hospedados na casa dos frades capuchinhos. À tarde fomos visitar o Bispo da Diocese, Dom Emílio Sumbelelo, que fez boas referências dos franciscanos seculares, sobretudo com relação à Jufra de Uíge e de Camabatela (cidade vizinha), que são numerosos e dinâmicos. Comentamos com Sua Excelência que neste ano a nossa Regra está celebrando 30 anos de aprovação e que, com efeito, ainda não era muito conhecida e vivida por nossos irmãos, especialmente os “mais velhos” (Vide, fotos .....).

No dia seguinte, após a missa celebrada por Frei Dom Francisco da Mata, Bispo emérito da Diocese de Uíge, tivemos um Encontro de Formação e Informação com os irmãos/ãs da OFS/Jufra, das Fraternidades de Uíge e Camabatela. No intervalo, tivemos um saboroso almoço de pratos típicos da região. Observa-se que, nas fraternidades da OFS há uma grande predominância de homens, devido à cultura e tradição de Angola. E, entre os jovens, com as “mudanças dos tempos”, sente-se bem mais a presença feminina (Vide, fotos ...).Regressamos a Luanda no dia 13.No dia 14, fomos visitar o Mosteiro das Irmãs Clarissas, em Palanca. Foi uma graça! 29 Clarissas, entre elas, muitas jovens. Curiosas! Queriam saber tudo sobre a OFS. E assim, dialogamos por mais de uma hora (Vide, fotos ....).

Depois, fomos almoçar com os Frades Menores, da Fundação Imaculada Mãe de Deus de Angola, citada anteriormente. Em seguida, conhecemos e dialogamos com alguns dos irmãos/ãs da Fraternidade OFS em formação, que iriam Professar no domingo (17). (Vide, fotos, ...).

Dia 15, todo dedicado ao “Encontro de Formação”, com os Formadores e Ministros da OFS e Jufra. A dinâmica tinha como objetivo explicar como preparar um Encontro de Formação.Através do material prático (DVD), doado pela Fraternidade Regional de São Paulo/Brasil, foi feita a apresentação do tema, “Como Preparar um Encontro de Formação” com aplicação prática dos participantes, que prepararam, em grupos, encontros para formandos, tendo como tema básico a Regra. Também foi apresentado livros de formação para iniciandos e formandos, Manual para Assistentes Espirituais e os principais Documentos da OFS, doados pela OFS do Brasil. Segundo depoimentos dos participantes, “nunca tiveram um Encontro tão prático e objetivo”. Ficaram encantados! Graças a Deus. (Vide, fotos ...).

Dia 16, continuamos com o Encontro, desta vez, dedicado aos Assistentes Espirituais, com a apresentação e esclarecimentos sobre o tema, “Estatuto para a Assistência Espiritual e Pastoral a OFS e Jufra”. Participaram do Encontro o Vice-Provincial dos Capuchinhos e o Presidente da Fundação dos Menores, assim como Ministros, Formadores e Jufristas. Ainda, pela manhã, houve tempo para dar “orientações para as eleições”, preparando-os para o Capítulo eletivo, assim como, a decisão da composição da Assembléia Capitular e do futuro Conselho Nacional.A Tarde, realizamos o “I º Capítulo Eletivo da OFS de Angola”. Por ocasião da abertura, na saudação aos Capitulares, foi citada a mensagem da Ministra Geral, Encarnación Del Pozo, que reza: “Minha mensagem para eles, és tu, irmão Rosalvo. Que mensagem melhor lhes posso enviar que a palavra do Vice-Ministro Geral de nossa Ordem? Só te rogo que lhes faças presente meu afeto fraterno, minha alegria pelos encontros que se vão acontecer daqui para frente e minha confiança em todas as decisões que vão tomar. Estou convencida que todos os atos das Visitas e especialmente o Seminário de Formação serão de fundamental importância para a vida da Fraternidade nacional, para cada Fraternidade local, para cada irmão e irmã”.

Terminada as eleições, o Conselho Nacional resultou assim constituído: “Domingos António da Silva (Ministro), Nkanu Kiala (Vice-Ministro), Domingos Calussumi (Secretário), Matondo Kuanzambi Domingos (Tesoureiro) e João Isaac Nazaré de Miranda (Responsável pela Formação). Os capitulares majoritariamente manifestaram a vontade de que o Ministro e o Vice – Ministro ocupem respectivamente os cargos de Conselheiro Internacional e de Conselheiro Internacional Substituto” (Vide, Acta do Capítulo Eletivo).

Nestes dias, o almoço foi preparado pelas “Mamãs”, ao ar livre (Vice, fotos ...)Dia 17, pela manhã, realizamos um encontro com todos os irmãos/ãs da OFS e Jufra, os Superiores Maiores, frades, etc. onde apresentamos a “OFS no Mundo” (dados estatísticos) e a “Presença ativa da OFS na Igreja e no mundo”. Em seguida, houve a celebração da Missa de encerramento da Visita Fraterno-Pastoral, com recebimento da Profissão Temporária de 19 irmãos/ãs e a posse solene do novo Conselho Nacional (Vide, fotos...).

Finalizando, um belo almoço e confraternização.Conclusão: Diante do exposto e pelo que pudemos observar durante a nossa Visita Fraterno-Pastoral, recomendamos ao Conselho Nacional:

1. Elaboração das Diretrizes de Formação da OFS/Jufra de Angola, com o objetivo de unificar a formação para todas as Fraternidades Locais.

2. Elaboração e edição dos livros de Formação para Iniciandos e Formandos.

3. Elaboração e aprovação em Assembléia Nacional do Estatuto Nacional da OFS de Angola.

4. Continuar o processo de Regionalização.

5. Realizar, anualmente, Visitas Fraterno-Pastorais as Fraternidades Regionais e Locais.

6. Constituir, oficialmente, a Conferência dos Assistentes Espirituais, tanto a nível Nacional, como Regional, neste, onde for necessário.

7. Elaborar um meio de comunicação (Boletim, revista, etc.) entre as Fraternidades nos diversos níveis.

8. Que enviem, o mais breve possível, o Questionário da Estatística 2008.

9. Promover uma aproximação maior da OFS e Jufra, para que as mútuas relações entre ambos se efetivem, haja um convívio mais fraterno e para evitar que, num futuro próximo, a Jufra não queira seguir um caminho próximo. Tal se dá, devido a grande diferença de idade entre ambos.

10. Por fim, não poderíamos deixar de registrar que a OFS d’Angola é uma Ordem madura, ativa, consciente de sua presença na Igreja e na sociedade em que os irmãos/ãs vivem, com diversos trabalhos em suas comunidades e Paróquias, apesar de todas as dificuldades que passaram nestas últimas décadas: guerras, falta de comunicação entre as Fraternidades e de material específico de Formação. E que, têm condições de continuar sua caminhada com os “próprios pés” e independentes.

Finalizando, queremos apresentar, mais uma vez, nossos agradecimentos a todos pela fraterna acolhida e atenção que nos dedicaram: Frades Capuchinhos e Frades Menores, as Irmãs Clarissas, irmãos e irmãs da OFS e da JUFRA e aos irmãos e irmãs em Cristo.

Aos nossos irmãos da OFM, agora como Fundação, nossos parabéns e agradecimentos pela primeira Fraternidade da OFS e os desejos para que cresçamos juntos.

Não podemos deixar de destacar a presença dos irmãos da OFS, italianos e brasileiro, que encontramos e que participaram de algumas atividades conosco em Luanda, como voluntários no trabalho das Missões com os Frades Capuchinhos e Menores, o casal Pieropan Daniele e Maria di Chiampo (OFS de Veneto/Itália) e Adávio Afonso Ribeiro, brasileiro de São Paulo, que sirvam de exemplos para outros.Agradecemos, também, ao Ministro Nacional da OFS do Brasil, pela doação dos livros e ao Conselho Regional de São Paulo, pela doação dos DVD’s.

Nossos agradecimentos e parabéns ao Frei Luis Leitão, OFM Cap. por sua incansável e dedicada luta e amor a OFS e a Jufra de Angola que, sem sua presença, não teriam subsistido tanto. Que, por intercessão de são Francisco e de Santa Clara, Deus lhe abençoe.

Dado em Luanda, Angola, 09/19 de Agosto de 2008.Durante as celebrações da Festa de Santa Clara.

Fraternalmente,

Rosalvo Gonçalves Mota, OFS e Frei Amando Trujillo Cano, TOR

Vice Ministro Geral e Assistente Geral, respectivamente

[1] Esta é a ordem cronológica da visita.

FOTOS ANGOLA/2008

Posse solene do novo Conselho Nacional da OFS de Angola (1)

Apresentação, em Luanda, sobre a OFS no Mundo.

Recebimento da Profissão de 19 irmãos em Luanda.

Posse solene do novo Conselho Nacional da OFS de Angola (2)

Encontro com a Fraternidade Santo Antônio: OFS/Jufra.

Encontro de Formação para as Fraternidades de Uige e Camabatela (no interior)

Maneira típica de cozinha nos encontros. Vê-se o Ministro Nacional, sua esposa e filha.

Nesta vê-se o Assistente geral, Frei Amando, TOR, eu, o Frei Ângelo, OFM, atual presidente da Fundação das Missões em Angola e o nosso irmão Adávio Afonso, brasileiro, de São Paulo, missionário voluntário em Angola.


Missa Dominical na Igreja N. S. Fátima, em Uganda,
vendo-se as irmãs da OFS e toda a comunidade

Encontro com o Conselho Nacional Provisório da OFS e Jufra de Angola.

Árvore típica da África, Baobá (9,50 m de circunferência)

Encontro com a Fraternidade Santo André, em Luanda.

Encontro com a Fraternidade Santa Clara. Vendo-se o Assistente Geral, Frei Amando, TOR (hábito preto) o Assistente Nacional, Frei Luiz Leitão, OFM Cap, com a sanfona (arcodeon)

segunda-feira, 11 de agosto de 2008

CLARA, SIMPLESMENTE MULHER


Neste mês de agosto em que celebramos a vida de Santa Clara, vamos olhar para Clara com outros olhos, vamos vê-la simplesmente como mulher. Uma mulher adiante do seu tempo.



Para quem pensa que a santidade é milagre estrondoso, nós dizemos que é milagre sim: não é estrondoso mas é muito grande, porque acontece no decorrer da vida. É no dia-a-dia, nos detalhes da existência humana que a experiência da santidade acontece.



E no dia-a-dia de mulher, Clara descobre e cultiva Deus em sua vida. Em Clara, entre suas virtudes humanas são especialmente louvadas o cuidado exemplar da casa e da família no serviço assíduo, nos trabalhos domésticos, a familiaridade, a cortesia, a afabilidade, a abertura à hospitalidade, o interesse pelos problemas culturais, civis e políticos e, enfim, a grande misericórdia para com os fracos e pobres de todo tipo, unida à discrição e senso prático, como convinha a quem tinha que ser, dentro e fora de casa, a “dona”, a senhora.



Entre os trabalhos domésticos têm lugar importante os artesanatos, como fiar e tecer, em que mais tarde Clara se revelaria mestra. A formação cultural exigia, por sua parte, que as jovens mulheres nobres aprendessem a ler e a escrever. Servia-se para isso do Saltério e dos escritos (canções, romances, histórias) da cultura cavalheiresca, popular, dos jograis e trovadores.



O que chama a atenção na personalidade de Clara é o seu temperamento forte, que a leva a lutar contra qualquer obstáculo que a impeça de percorrer o caminho que ela sabe que é o seu.



Clara, simplesmente mulher, é muito mais do que isto. Só queremos aqui trazê-la mais perto de cada uma de nós mulheres. E fazer uma proposta: num momento especial de oração vamos reunir todas as nossas virtudes, colocar na oração o que existe de melhor dentro de nós, lembrar as boas ações, juntar nossos sonhos, sentir que somos pessoas especiais, porque Deus olha para cada uma de nós de um jeito particular, com carinho... E, tal como Clara, lutar contra qualquer obstáculo que nos impeça de percorrer o caminho que sabemos que é nosso.



Escrevo no feminino porque o cantinho é da mulher. Mas esta experiência pode ser feita por qualquer pessoa na busca pela santidade.



Ana Maria Rodrigues Lima Ministra da OFS Valongo

quarta-feira, 6 de fevereiro de 2008

I Concurso de Poesia e Música Franciscanas

(caso queira baixar o documento no formato do Word, clique aqui)

ORDEM FRANCISCANA SECULAR
Av. Treze de Maio, 23 Sala: 2233 - Centro - CEP:20004-900 - Rio de Janeiro - RJ
Telefax: (21) 2240-4565 / (21) 2516-3478

Rio de Janeiro, 06 de fevereiro de 2008
Mensageiros da perfeita alegria, procurem, em qualquer circunstância, levar aos outros a alegria e a esperança Regra 19 b


Queridos (as) Coordenadores (as) de Formação

A Paz do Senhor esteja em nossos corações !

Na última reunião do Conselho Nacional realizada de 26 a 28 de outubro de 2008, em Curitiba/PR, refletimos sobre uma forma de comemorar os 800 anos do CARISMA FRANCISCANO SECULAR.
A Equipe de Formação Nacional propôs um Encontro Nacional de Formadores com esse sentido, mas isso mostrou-se inviável por diversos motivos. Então, foi aprovado pelos participantes um CONCURSO DE MÚSICA E POESIA, que pudesse motivar e integrar franciscanos e franciscanas seculares na alegria e na gratidão de sermos herdeiros e herdeiras desse Movimento de Assis, que se propaga há oito séculos.
O importante é a participação de todas e de cada uma das Fraternidades Franciscanas Seculares presentes em nosso Brasil.
O Regulamento do Concurso estará saindo, como encarte, no próximo número da Revista Paz e Bem. Pedimos que se empenhem na divulgação e estimulem a participação dos irmãos e irmãs, com o sentido de comemorar, festejar e celebrar o Carisma Franciscano Secular, dentro da simplicidade e minoridade que nos caracterizam.
Cada Regional, além do empenho junto às Fraternidades Locais, será responsável por selecionar músicas e poesias, conforme o Regulamento, para depois encaminhá-las ao Secretariado Nacional.
Certa de seu interesse e disponibilidade, coloco-me a disposição para qualquer esclarecimento, por esta mesma via, por via postal ou por telefone.

“Como irmãos e irmãs da penitência, em virtude de sua vocação, impulsionados pela dinâmica do Evangelho, conformem seu modo de pensar e de agir ao de Cristo, mediante uma radical transformação interior que o próprio Evangelho designa pelo nome de ‘conversão’ , a qual, devido à fragilidade humana, deve ser realizada todos os dias ”. ( Regra 7 a ). Essa conversão encontra um tempo adequado e propício neste momento da Quaresma e de vivência da Campanha da Fraternidade, “Fraternidade e Defesa da Vida”, tema muito caro aos franciscanos/as .
Desejando a todos um período de transformação e renovação interior, envio meu abraço fraterno.
PAZ e BEM !


Daisy Lúcia Martins Ferreira
Coordenadora Nacional de Formação
Tel.: 2568-3246 - E-mail: daisylúcia@ofs.org.br

I Concurso de Poesias e Músicas Franciscanas e Clarianas
800 Anos do Carisma Franciscano Secular em Poesia e Música
Regulamento

A) Apresentação
A Ordem Franciscana Secular do Brasil promove o I Concurso de Poesias e Músicas Franciscanas e Clarianas em comemoração aos 800 anos do Carisma Franciscano, com músicas e poesias inéditas sobre a Espiritualidade de São Francisco e Santa Clara, como parte integrante das Celebrações e com os seguintes objetivos:
• Incentivar a formação integral e integrada, propiciando um espaço para valorização de talentos musicais e poéticos nas Fraternidades de OFS/JUFRA
• Recuperar a mensagem cristã franciscana, promovendo o aspecto da arte e da alegria presentes no carisma de franciscano.
• Divulgar, através da composição dos participantes, músicas inéditas em homenagem a São Francisco, Santa Clara, Santa Isabel da Hungria e São Luís IX de França.
• Celebrar, como herdeiros e herdeiras, a espiritualidade franciscana secular.

B) Estrutura

a. Tema: 800 Anos do Carisma Franciscano Secular em Poesia e Música
a1. O I Concurso de Poesias e Músicas Franciscanas e Clarianas é um concurso de poesias e canções inéditas e originais, que versem sobre o tema 800 Anos do Carisma Franciscano Secular em Poesia e Música a2. Tanto as letras das composições, como as poesias devem fazer referência à mística/espiritualidade de São Francisco e Santa Clara, que tocou o coração de muitas pessoas durante esses oito séculos. a3. É vedada a participação dos membros da comissão organizadora e julgadora; auxiliares e conselheiros como concorrentes, cantor ou instrumentista, em qualquer circunstância. a4. Sendo o tema de grande abrangência, a organização do concurso sugere alguns sub-temas que podem ser abordados nas obras apresentadas:
1. A Paz em Francisco e Clara de Assis.
2. Santa Isabel da Hungria, modelo de caridade
3. São Luís e a família, exemplo para todas as famílias.
4. 800 anos do Carisma Franciscano Secular
5. OFS: Vai e restaura a minha Igreja, hoje
a5. A fidelidade ao tema será um dos critérios utilizados para o resultado final, sendo certo que quanto mais fiel ao tema maior a pontuação neste quesito.
b. Modalidades e categorias: O CONCURSO é dividido em duas modalidades e categorias: b.1. Modalidades:
1. POESIA
2. MÚSICA – composição musical

b.2. Categorias:
1. OFS
2. JUFRA
c. Inscrição:
c1. Disposições gerais para inscrição:
c1.1 Podem participar do Concurso 800 Anos do Carisma Franciscano Secular em Poesia e
Música quaisquer membros da OFS/JUFRA do Brasil que apresentem sua obra ( poesia e/ou
composições musicais) nos termos deste Regulamento.
c1.2 Os participantes devem observar rigorosamente as datas e formas de entrega dos
trabalhos abaixo indicadas sob pena de não serem aceitos no Concurso.
c1.3 Cada participante poderá concorrer no máximo com duas obras por modalidade.
c1.4 Todas as obras deverão ser inéditas, isto é, não podem ter sido divulgadas de qualquer
forma ao público antes de sua inscrição no Concurso
c1.5 As cópias poderão ser divulgadas posteriormente, pela OFS, com o nome do autor/a. c2. Entrega dos trabalhos:
c2.1. Os trabalhos devem ser apresentados em idioma português;
c2.2 As obras devem ser entregues, conforme especificado abaixo, nos prazos marcados,
impreterivelmente.
c2.3. Ambas as modalidades ( POESIA e MÚSICA ):
. até 31/05/2008 às 24 h de Brasília
. no Regional da OFS/JUFRA a que pertencem, a saber:

OFS
Regional NORTE 1
Regional NORTE 2
Regional NORTE 3
Regional NORDESTE A1
Regional NORDESTE A2
Regional NORDESTE A3
Regional NORDESTE B1
Regional NORDESTE B2
Regional NORDESTE B3
Regional SUDESTE 1
Regional SUDESTE 2
Regional SUDESTE 3
Regional SUL 1
Regional SUL 2
Regional SUL 3
Regional CENTRO
Regional OESTE

JUFRA
Regional NORTE 1
Regional NORTE 2
Regional NORTE 3
Regional NORDESTE A1
Regional NORDESTE A2
Regional NORDESTE A3
Regional NORDESTE B1
Regional NORDESTE B2
Regional NORDESTE B3
Regional NORDESTE B4
Regional SUDESTE 1
Regional SUDESTE 2
Regional SUDESTE 3
Regional SUL 1
Regional SUL 2
Regional SUL 3
Regional CENTRO
Regional OESTE

c2.4. Cada trabalho ( POESIA e MÚSICA) deverá ser apresentado, com boa qualidade de impressão, em 4 (quatro) vias, datilografadas ou digitadas, com letras simples, tamanho 12, com espaçamento entre as linhas que permita a leitura fluente do texto, em tamanho A4, de um só lado do papel, com todas as páginas NUMERADAS. As margens laterais devem ter 3 cm e as superiores e inferiores 2, 5 cm.
A página de capa deverá conter o título do trabalho e somente o pseudônimo do autor.
Esse conteúdo deve ser colocado dentro de um envelope A4 opaco Em cada via estará escrito APENAS o nome da obra e o pseudônimo do autor ou autora.
2.4.1 As poesias deverão ter como máximo 40 versos ( linhas )

TÍTULO da POESIA
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PSEUDÔNIMO DO AUTOR/A

2.4.2 As composições musicais deverão ser inéditas. Não serão aceitas composições que tenham sido apresentadas em Concursos passados, comercializadas ou de algum modo difundidas anteriormente.
A composição pode ser gravada pelo próprio autor ou por algum outro interprete,
sozinho ou em grupo. Um mesmo compositor ou interprete pode apresentar no máximo
duas músicas.
As composições musicais deverão ser colocadas dentro de um envelope A4 opaco
enviadas da seguinte forma:
. Letra e música deverão ser impressas, em 4 vias, com boa qualidade, em folha A4,
utilizando apenas uma das faces de cada folha. A página de capa deverá conter o título do
trabalho e somente o pseudônimo do autor.
. Quatro CDs ou fitas K-7 com a música interpretada livremente (com as vozes e
instrumentos que se julguem convenientes).
A escolha dos instrumentos para a interpretação da música é livre.
O compositor não está obrigado a participar na interpretação.
Avaliação da música será feita através de pontos distribuídos da seguinte maneira: Fidelidade ao tema do CONCURSO - 4 pts.
Letra - 3 pts.
Música - 2 pts.
Conjunto ( Letra e Música) – 1 pt

TÍTULO da MÚSICA

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PSEUDÔNIMO DO AUTOR/A

c2.5 Por questões éticas, todos os participantes devem encaminhar junto com seu trabalho, conforme descrito acima, um segundo envelope lacrado “Envelope Pseudônimo” elaborado da seguinte forma:
c2.5.1 Em um envelope A4 opaco coloque uma folha A4 com o nome da obra, o nome completo do AUTOR/A da obra, assim como o número de seu documento de identidade, data de nascimento, endereço, telefone de contato, correio eletrônico (se tiver) e categoria na qual participa.
c2.5.2 Escreva na parte externa do envelope:
. Iº Concurso de Poesias e Músicas Franciscanas e Clarianas 800 Anos do Carisma Franciscano Secular em Poesia e Música
. “Envelope Pseudônimo”, o título da obra (a poesia ou a música) e o pseudônimo do autor/a. O pseudônimo não pode permitir a identificação (ex. o sobrenome do/a autor/a).

ENVELOPE PSEUDÔNIMO
TÍTULO DA OBRA:
PSEUDÔNIMO DO AUTOR/A:
c2.5.3 Lacre este segundo envelope e o coloque dentro do primeiro envelope juntamente com o trabalho;
c2.6 Após a inscrição, não serão aceitas correções ou alterações nos originais.
c2.7 Os itens acima deverão ser cumpridos rigorosamente, sem o que os trabalhos não poderão ser inscritos.
c2.8 Os Regionais informarão aos participantes, pelos meios disponíveis, os títulos das poesias e músicas selecionadas e a data do encaminhamento ao Secretariado Nacional.
c2.9 Ambas as modalidades ( POESIA e MÚSICA ), selecionadas em cada Regional deverão ter ambos os envelopes encaminhados para o Secretariado Nacional, via Correio, com aviso de recebimento, com data de postagem até 01/10/2008 às 24 h de Brasília

C) Julgamento

O julgamento será realizado em duas etapas:

c1. Na primeira etapa do Concurso, caberá ao Ministro Regional com mais dois Conselheiros escolher os melhores trabalhos de cada modalidade, por categoria, conforme sua realidade e criatividade.
. Para que haja o mesmo número de concorrentes em cada área a escolha deverá obedecer o seguinte critério:
- Nos Regionais Norte, Sudeste e Sul ( que são três em cada área) serão escolhidas as 2 melhores poesias e as 2 melhores músicas da OFS, bem como as 2 melhores poesias e as 2 melhores músicas da JUFRA.
- Nos Regionais Nordeste ( que são 6 na área ) será escolhida uma única poesia e uma única música da OFS, bem como 1 poesia e 1 música da JUFRA.
- Nos Regionais Centro e Oeste ( que são 2 na área ) serão escolhidas as 3 melhores poesias e as 3 melhores músicas da OFS, bem como as 3 melhores poesias e as 3 melhores músicas da JUFRA.

c2. Na segunda etapa, o Conselho Nacional constituirá uma Comissão Julgadora formada por franciscanos e franciscanas conhecedores de cada modalidade.
. As poesias, as gravações (fitas cassete ou CDs) inscritas, assim como as letras das músicas serão encaminhadas à comissão julgadora, que fará, através de audição e análise das composições, a escolha das vencedoras. Não haverá apresentação pública dos trabalhos nesta fase

c3. A Comissão Julgadora escolherá os 3 (três) melhores trabalhos [1º, 2º e 3º lugares]de cada categoria e modalidade, em cada área, isto é:
as 3 melhores poesias da OFS e as 3 melhores poesias da JUFRA, na Área Norte.
as 3 melhores poesias da OFS e as 3 melhores poesias da JUFRA, na Área Nordeste.
as 3 melhores poesias da OFS e as 3 melhores poesias da JUFRA, na Área Centro-Oeste
as 3 melhores poesias da OFS e as 3 melhores poesias da JUFRA, na Área Sudeste
as 3 melhores poesias da OFS e as 3 melhores poesias da JUFRA, na Área Sul
as 3 melhores músicas da OFS e as 3 melhores músicas da JUFRA, na Área Norte
as 3 melhores músicas da OFS e as 3 melhores músicas da JUFRA, na área Nordeste
as 3 melhores músicas da OFS e as 3 melhores músicas da JUFRA, na Área Centro-Oeste
as 3 melhores músicas da OFS e as 3 melhores músicas da JUFRA, na Área Sudeste
as 3 melhores músicas da OFS e as 3 melhores músicas da JUFRA, na área Sul

Parágrafo único: A Comissão Julgadora será soberana em sua decisão.

D) Premiação

Premiação Categoria OFS:
Modalidade Poesia:
1o lugar – Medalha de Ouro
2o lugar – Medalha de Prata
3o lugar – Medalha de Bronze

Modalidade Musica:
1o lugar – Medalha de Ouro
2o lugar – Medalha de Prata
3o lugar – Medalha de Bronze

Premiação Categoria JUFRA:
Modalidade Poesia:
1o lugar – Medalha de Ouro
2o lugar – Medalha de Prata
3o lugar – Medalha de Bronze
Modalidade Musica:
1o lugar – Medalha de Ouro
2o lugar – Medalha de Prata
3o lugar – Medalha de Bronze

E ) Resultado:
a O júri emitirá o resultado final do Concurso em dezembro 2008, comunicando-o aos premiados por e-mail ou por via postal.
b. Os Participantes da modalidade POESIA poderão ter suas obras incluídas num Subsídio a ser elaborado posteriormente
c. Os participantes da modalidade MUSICA poderão ter suas composições incluídas num CD a ser elaborado posteriormente
d. Todas as dúvidas sobre o Concurso deverão ser remetidas a Comissão Organizadora.
e. Aos casos não previstos neste regulamento, a decisão caberá a Comissão Organizadora.

F ) Disposições finais:

a. A inscrição no Concurso 800 Anos do Carisma Franciscano Secular em Poesia e Música supõe o conhecimento e aceitação da totalidade das regras apresentadas neste Regulamento.
b. Os trabalhos de todas as modalidades/categorias deverão ser fiéis à temática do CONCURSO e não poderão ofender direitos alheios, a moral e os bons costumes, sob pena de eliminação pela Organização do Concurso
c. A Comissão julgadora e o Ministro Nacional tem o direito de desqualificar qualquer participante que não cumpra com alguma das condições apresentadas neste Regulamento.
d. A Comissão julgadora e o Ministro Nacional reservam-se o direito de solucionar qualquer dúvida ou problema que se apresente com respeito a este Regulamento.
e. O resultado do Concurso será inapelável e não poderá ser impugnado nem submetido a nenhum tipo de recurso.
f. Os autores e compositores autorizam os organizadores do evento a fazer uso das poesias e músicas, mediante publicação de seus nomes.
g. Os autores se responsabilizam pelas informações repassadas à Organização do Concurso e resguardam a Organização do Concurso de quaisquer danos ou prejuízos decorrentes da obra apresentada, notadamente direitos de propriedade intelectual de terceiros.
h. É responsabilidade dos autores toda e qualquer despesa para envio da documentação e/ou trabalhos, para os respectivos Regionais.
Na segunda etapa do Concurso, é responsabilidade dos Regionais enviar os envelopes com os trabalhos selecionados para o Secretariado Nacional, via Correio, com aviso de recebimento, até 01.10.2008.
i. O recolhimento dos trabalhos das diversas modalidades e categorias, após o encerramento do Concurso, é responsabilidade dos autores, que se desejarem a devolução deverão solicitar por e-mail ao Secretariado Nacional.
j. Em fevereiro de 2009 os trabalhos que não tiverem sido recolhidos pelos autores serão destruídos.
l. A Organização do Concurso se reserva o direito de cancelá-lo ou adiá-lo sem que isso enseje reclamação ou indenização para os inscritos ressalvando a devolução dos trabalhos
m. Quaisquer dúvidas podem ser esclarecidas pela Organização do CONCURSO, através do Secretariado Nacional da OFS do Brasil pelo e-mail: ofsbr@terra.com.br ou pelo telefone: (0xx21) 2240-4565

Comissão organizadora do Concurso / Conselho Nacional da OFS